Nossa economia foi fortemente abalada pela crise do coronavírus, que teve seus primeiros casos registrados na China no dia 31/12/2019. E, nessa data, mal imaginávamos o que estava por vir. Talvez você lembre de ter acompanhado tudo isso pela TV ou pela internet, mas nem pensava que a pandemia chegaria ao Brasil, não é mesmo?
Mas chegou e tem causado grandes estragos por aqui, mudando inclusive a nossa forma de viver! Paralisações no setor público e privado assustam cada dia mais e a economia responde de forma negativa. E, dependendo do tempo de isolamento, muitas empresas (principalmente micro, pequenas e médias) poderão sucumbir. As grandes terão que se reorganizar, terão seus prejuízos …. mas se reerguerão.
Segundo Arthur Igreja, CO-Founder da AAA Plataforma de Inovação, em postagem feita no LinkedIN, durante uma crise uma grande empresa acompanha suas ações despencarem. Três meses depois o mercado volta, a ação fica barata e ela se recupera. Do outro lado, no mesmo período de três meses, está a pequena empresa que quebrou e sumiu de cena.
O Ferramentas Gourmet, como incentivador do comércio – através das nossas dicas semanais de produtos daquilo que gostamos e acreditamos ser de qualidade para fazer a diferença no seu dia a dia – tomou a liberdade de mudar o foco da postagem da semana para também defender essa importante causa: a importância da união, do apoio ao comércio local e ao pequeno empresário.
Não é hora de parar em quarentena. Nosso esforço precisa se concentrar na saúde pública e na recuperação da economia. E quem não se preocupar com isso, nem participar disso, vai pagar um preço imensurável.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) mostra que microempresas e empresas de pequeno porte somam 99% do total de empresas no país: 27% do PIB atual! Os dados de 2019 também revelam que são elas as responsáveis por 54% do emprego formal e 44% da massa salarial dos brasileiros.
Luiza Helena Trajano, em seu perfil profissional no LinkeDin, disse: “as medidas econômicas não podem esperar, é necessário caminhar rapidamente com planos que possibilitem a tranquilidade já durante a quarentena, em todos os níveis: Executivo, Legislativo e Judiciário, da União, estados e municípios, para que haja condições para que os cidadãos não sejam assombrados com o fantasma do desemprego e da insegurança financeira para sustentar suas famílias”.
Além do poder público, o engajamento e a participação de de grandes empresas – que têm mais “saúde financeira” para encarar crises inesperadas (principalmente) – também é um reforço necessário para esse momento de união, tão importante para que os pequenos empreendedores possam dar a volta por cima.
É aquele velho ditado, sabe?
A união faz a força!
E não importa o segmento, nem a forma de trabalho: seja no varejo, no atacado, no mercado físico e no mercado online. É hora de promover uma verdadeira corrente e ajudar o mercado, fazer a economia girar, sobreviver.
E, por falar em mercado on-line, é impossível deixar de comentar nessa postagem o quanto o comércio online cresceu perante a crise do coronavírus e a orientação de isolamento domiciliar, pois muitas pessoas passaram a comprar ainda mais pela internet. Outras tiveram sua primeira experiência de compra on-line, incentivadas pelo atual cenário. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico – ABComm – nos últimos dias algumas lojas virtuais registraram alta de mais de 180% em transações.
Nádia Schroeder, sócia da Manufakt , loja on-line especializada em acessórios, equipamentos e produtos gourmet (de Santa Catarina) conta que o mercado eletrônico realmente aqueceu, mas que por outro lado – para os pequenos empresários do segmento – existe a dificuldade de logística e entrega diante da crise. “Muitas transportadoras pararam. Outras diminuíram o fluxo e também temos problemas com correio aqui no estado. Conseguimos vender mas não conseguimos entregar. Estamos trabalhando de forma remota, driblando a cada dia os desafios para que nosso cliente tenha uma experiência de compra positiva. Entretanto, é importante conscientizar o consumidor de que essa entrega pode atrasar. Estamos dividindo esse momento com todos eles”, diz a empresária.
Para ela, a precaução a favor da saúde está acima de tudo, mas é fato: se a economia parar, muitos vão quebrar.
“É o esforço coletivo que vai impulsionar o mercado e fazer a engrenagem rodar. Se pararmos totalmente, muitos não vão aguentar, a economia do país não vai dar conta. A gente consegue vender, mas e quem precisou fechar as portas? Fornecedores pararam de produzir e não entregam mais, então é um ciclo que não tem como ser completado. É o momento de união e, principalmente, de importantes e acertadas decisões”, finaliza.
Deixe um comentário