Os cuidados com a alimentação na pandemia são muito importantes. Além da escolha dos ingredientes, a recomendação é de muita atenção na escolha dos utensílios para cozinhar. A depender do material fabricado, eles podem liberar metais pesados “desreguladores” da saúde. Você sabia disso ou nunca ouviu falar sobre o assunto?
Desde 26 de fevereiro, quando o Brasil registrou o primeiro caso de coronavírus, a rotina de todos mudou. Novos comportamentos, formatos de trabalho e até mesmo a maneira de educar os filhos já não é mais a mesma. Desafios que nos fizeram conhecer novas possibilidades e, até mesmo, mudar hábitos para melhor. Por outro lado, com restaurantes fechados e uma massiva campanha de deliverys, a alimentação acabou sendo prejudicada.
“Crianças em casa, home office, tarefas domésticas, estudos dos pequenos. Tudo isso parece que apertou ainda mais a rotina, fazendo nosso dia a dia ficar super corrido. A praticidade dos deliverys (agora com milhares de promoções, entregas rápidas e gratuitas) nos faz cair em tentação. Mas o alerta é justamente esse: tão importante quanto o álcool em gel e o uso da máscara, é também a manutenção de uma alimentação saudável para aumentar a imunidade diante desse novo vírus”, comenta a médica nutróloga Carolina Bagattoli (CRM 14763).
E, se desde que começamos o isolamento social provamos a nós mesmos o quanto somos capazes de mudar e de nos readaptar a novas necessidades para sobrevivência, sabemos que nunca é tarde para recomeçar!
Quem ainda não está acostumado a cozinhar em casa, que comece a praticar! É a melhor forma de manter os cuidados com a alimentação na pandemia.
“Comida de verdade, né? Aquela que alimenta e ajuda nas células de defesa do nosso corpo. Cozinhar em casa nos permite um controle que vai muito além da escolha de ingredientes saudáveis, pois sabemos o que usamos em todos os processos, inclusive na hora de preparar as refeições. Muita gente nem imagina, mas alguns equipamentos e utensílios que utilizamos com frequência no dia a dia têm disruptores endócrinos em suas composições, que podem ser absorvidos mais de 90% das vezes por via digestiva”, explica.
Nesse momento de pandemia é fundamental não haver disrupção com os hormônios, principalmente a serotonina e a dopamina. Essas substâncias que regulam o sistema neuroendócrino são responsáveis principalmente pela alegria e energia de um ser, vibrações que todos buscamos nesse momento difícil.
O que são disruptores endócrinos?
Para quem não sabe, esses disruptores endócrinos nada mais são do que elementos químicos, sintéticos (e alguns até mesmo naturais) que impactam negativamente na nossa saúde, pois alteram a forma natural de comunicação do nosso sistema endócrino, interferindo na ação dos hormônios. “Com isso o metabolismo, crescimento, desenvolvimento, reprodução, sono e estado de ânimo podem ser afetados. Podem causar depressão, hipertireoidismo e, em gestantes, até a probabilidade de um nascimento prematuro do bebê”, alerta a médica.
Os disruptores endócrinos também podem causar uma alergia intestinal, não permitindo que o organismo consiga fazer uma correta divisão dos alimentos. “É como se pensássemos no nosso caso: se chega um amigo e um ladrão juntos na nossa casa, não vamos abrir a porta para nenhum dos dois, ou seja, o ladrão não vai entrar, mas o amigo também não. É aí que podemos perder alguns nutrientes bons ao organismo”, compara Dra. Carolina.
Alguns desses “desreguladores” são o Bisfenol A – encontrado em alguns tipos de plástico e no revestimento de enlatados – e os Químicos Perfluorados – encontrados em panelas antiaderentes, por exemplo. “A fervura no momento de cocção leva o utensílio a uma alta temperatura e, portanto, também uma certa quantidade de metais pesados da sua composição para os alimentos, como o níquel, cádmio e alumínio”, afirma a nutróloga. Com isso, acabamos ingerindo uma sopa de metais pesados, substâncias que também podem ser consumidas quando congelamos comidas quentes em potes plásticos ou quando ingerimos alimentos enlatados, principalmente os que estão em latas amassadas, justamente pela liberação do Bisfenol A.
Alternativas saudáveis para o dia a dia
Como alternativa aos disruptores, existem os temperos quelantes e naturais, que ajudam na limpeza desses metais do nosso corpo, ao exemplo do coentro. Outra solução são as panelas e os utensílios de cerâmica, porque são 100% atóxicos, não liberando nenhuma substância aos alimentos, mesmo quando submetidos a altas temperaturas. “Uma panela de cerâmica, por exemplo, é um investimento na saúde. Pode ser usada em todas as cozinhas com muita tranquilidade e, quanto mais cedo você começar a fazer isso em casa, melhor”, afirma a Dra. Carolina.
Incentivo ao comércio brasileiro
Nesse momento de retomada da economia, além dos cuidados necessários com a saúde para, aos poucos, sair do isolamento, o que tem sido muito incentivado é o apoio ao produto e mão de obra brasileiros. De Santa Catarina, a empresa Ceraflame é uma das que defendem o conceito de vida saudável através de seus produtos. Há mais de seis décadas está no mercado sendo responsável pelo maior mix de cerâmicas atóxicas do país.
Segundo Kilian Schroeder, gerente da marca, a preocupação da empresa é, desde o princípio, a saúde dos consumidores. “O nosso diferencial é esse. A cerâmica é o material mais saudável para se cozinhar e, numa época onde a saúde é nosso bem mais precioso, não podemos brincar com ela. Nossa matéria prima é única, totalmente inorgânica e exclusiva”, afirma.
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